quarta-feira, 27 de abril de 2011

11ª Corrida do Trabalhador e Dia Mundial de Promoção da Corrida Descalça da Corrida

É domingo!
Tá chegando a hora de colocar os pés no asfalto mais uma vez, e vai ser uma data muito legal com duas comemorações bem importantes!
Essa prova foi a primeira que disputei, em 2007, então vou estar completando 4 anos (com intervalos) de Km percorridos, a outra coisa legal é que essa data, 1° de maio foi a data escolhida pela Barefoot Runners Society como o dia mundial de promoção da corrida descalça. Pessoas do mundo inteiro estarão correndo provas descalços e através disso divulgando essa idéia!

A largada da prova será as 8h30 do domingo, na frente do Complexo do SESI (no DIA, próximo ao Terminal). O horário é legal, nem vale reclamar por acordar tão cedo num domingo! (clique no cartaz e veja ampliado o mapa de percurso da prova)

Então fica aí o convite pra que você venha e comemore com a gente, os amigos que sempre estão juntos, nos dando aquela força em todas as provas! A promessa de sempre é certa: a entrega e determinação não vão faltar!

Abraço forte e vejo tod@s lá!
Aquino

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Parabéns Haile Gebrselassie!


"Às vezes as pessoas ficam zangadas comigo porque não lhes dou dinheiro. Eu então digo, se querem trabalhar, eu lhes darei trabalho. Darei um emprego e tomarei conta de você. Mas um homem não pode evoluir com presentes apenas, só com oportunidades. Onde você encontrar uma criança que queira aprender mas não encontra uma boa escola ou um homem que queira trabalhar e melhorar sua vida, mas não consegue encontrar emprego para ajudar sua família, é aí que eu preciso ajudar. O trabalho traz auto-confiança."
[Haile Gebrselassie]


Haile Gebrselassie completa 38 anos nesta segunda-feira, dia 18 de abril. Porém, a comemoração foi antecipada. Neste domingo, após meses de desapontamento por causa das seguidas lesões, o atleta etíope voltou a vencer uma corrida. Haile cruzou a linha de chegada da Meia-maratona de Viena em 1h00min18s.

Gebrselassie nasceu numa família de dez filhos na pequena Asella, na província de Arsi, nos altiplanos da Etiópia. Criança pobre criada no campo, numa fazenda de plantação de arroz sem eletricidade nem água corrente, ele costumava correr dez quilômetros entre sua casa e a escola todas as manhãs, fazendo o trajeto de volta toda tarde. Isto o fez ter uma postura característica como corredor, com o braço direito dobrado num ângulo como se estivesse carregando ali os livros escolares. Em sua primeira corrida, aos 16 anos, uma prova de 1500m contra corredores mais velhos, ele venceu e recebeu como prêmio um calção e uma camiseta.


Casado e com três filhos, o homem que venceu 108 corridas em 56 cidades diferentes permanece comprometido com seu povo, a maioria do qual vive na extrema pobreza. Seus negócios na Etiópia natal empregam 400 pessoas e incluem dois hotéis, uma academia de ginástica, um cinema e uma revendedora de automóveis. Ele também abriu e sustenta duas escolas, frequentadas por 1200 crianças, que estudam com computadores e equipamento de laboratório de pesquisas. Mais de 80% destas crianças recebem instrução de alto nível, contra os 10% normais da sociedade etíope como um todo.

Haile tornou-se famoso na mídia global e entre o público geral em 1996, quando conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atlanta, estabelecendo nova marca olímpica (27m07s) para a prova. A pista dura do estádio olímpico, construída num material adequado especialmente para os corredores de velocidade, machucou seus pés e ele não pôde concretizar seu sonho de competir e vencer também nos 5.000 m, como seu ídolo da juventude, Miruts Yifter, fez nas Olimpíadas de Moscou dezesseis anos antes.

Em 1997, mais uma medalha de ouro nos 10.000 m do Mundial de Atenas, sua terceira consecutiva nesta prova em mundiais, e novo recorde mundial dos 5.000 m em Zurique (12m41s). Os anos de 1998 e 1999 viram Haile estabelecer cada vez mais sua supremacia nas provas de fundo em pista, quando venceu a Golden League e quebrou mais quatro recordes mundiais em pista coberta e aberta, sendo o principal deles os 10.000 m que sua nêmesis no esporte, o queniano Paul Tergat, havia retirado dele no ano anterior. Gebrselassie e Tergat tiveram árduas disputas nos 10.000 m, um contra o outro e em corridas separadas, mas a mais famosa delas viria no ano seguinte, em Sidney.

No ano 2000, ele mais uma vez liderou o ranking de fundistas, vencendo todas as provas das quais participou, nos 5.000 e 10.000 m rasos. A mais sensacional delas, e que o transformou no terceiro atleta na história em vencer esta prova em duas Olímpiadas - depois de Emil Zatopek e Lasse Viren - foi a final dos 10.000 m nos Jogos Olímpicos de Sidney contra Tergat, seu grande adversário e demais quenianos, na mais apertada chegada de uma final olímpica nesta distância.

sábado, 16 de abril de 2011

O Corredor Descalço



Estudo feito por cientista de Harvard revela que quem corre desde cedo sem tênis tem pisada mais livre de impacto *Por Fausto Fagioli Fonseca (Revista O2 por Minuto)

Abebe Bikila ficou famoso por correr descalço


Correr descalço, a princípio, pode parecer uma ideia um pouco maluca. Porém, após uma pesquisa realizada pelo corredor e biólogo de Harvard Daniel Lieberman, a ciência descobriu que praticar o esporte com os pés sem tênis é algo natural do ser humano, e, além disso, pode trazer até benefícios.

Segundo Lieberman, que teve sua pesquisa publicada na revista científica Nature, correr descalço pode ser melhor para os pés, e produz muito menos estresse de impacto na comparação com calçados de corrida.

Porém, não vá pensando em jogar fora seu tênis da noite para o dia. A pesquisa aponta que o benefício de correr descalço só é válido para quem já está acostumado a correr desde pequeno sem proteção nos pés, já que a forma que o pé atinge o solo é diferente.

Pessoas que sempre correram descalças tendem a pisar mais na parte frontal ou no meio do pé enquanto correm. Já quem sempre correu com calçados geralmente tocam o solo primeiro com os calcanhares.

O estudo examinou o estresse nos pés de diferentes atletas e o resultado é que corredores que usam tênis de corrida atingem o solo com a massa da perna toda, ou cerca de 7% do corpo, mais de três vezes o impacto de um corredor que está sem tênis.

"É realmente o jeito de atingir o solo. Quando você pisa, um pouco do seu corpo para de repente", disse o cientista. Para corredores que usam tênis com sistema de amortecimento, "é literalmente como se alguém desse uma martelada no seu calcanhar". O estilo de corrida dos descalços é "mais ou menos livre de colisões".

Matéria do site da Revista O2 Por Minuto, disponível em:
http://o2porminuto.uol.com.br/scripts/materia/materia_det.asp?idMateria=3642&idCanal=1