segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Matéria da Revista Runner's destaca o Vegetarianismo

A carne é fraca?

Vegetarianismo e corrida podem andar juntos

Por Danielle Bessel | Ilustração Pepe Casals

Será que dá para riscar a carne do cardápio do corredor — e até todos os alimentos que têm origem animal, como ovos, leite e derivados, como fazem os chamados “vegans”? E é possível fazer isso sem prejudicar a disposição e o desempenho na corrida? Essa é uma questão complexa, e não há consenso entre os nutricionistas (veja coluna ao lado). Certo é que o corredor vegetariano deve tomar cuidados especiais. Não pode, por exemplo, apenas substituir o bife por massa e batata. Essa dieta desbalanceada traria deficiência de proteína, ferro, cálcio, zinco e vitamina B12, nutrientes essenciais para um esportista. É preciso encontrar novas fontes para essas substâncias.

O corredor Dárcio Joel Ferreira dos Santos, de 34 anos, parou de comer carne há nove anos. Ele é lactovegetariano — não come nem carne nem ovos, mas ingere leite e derivados — e já encarou pedreiras como o Desafio Praias e Trilhas, ultramaratona de 84 km em Florianópolis. “Nunca passei mal e meu rendimento é bom”, afirma o atleta, que consultou uma nutricionista. Ele conta que sempre come um alimento do grupo das leguminosas (o feijão, por exemplo) com um cereal (o arroz). “Isso aumenta o nível de proteína no organismo”, diz. Sua cesta básica inclui soja e derivados, grão-de-bico, quinua, além de muitas frutas, verduras e queijo.

A nutricionista Fabiana Honda, especialista em fisiologia do exercício pela Unifesp, diz que a dieta vegetariana, se bem administrada e monitorada, pode trazer benefícios. “Em geral, ela possui maior quantidade de frutas, verduras, fibras e antioxidantes, o que melhora o equilíbrio do corpo e aumenta a longevidade”, afirma.

O corredor não-carnívoro deve também adequar a dieta a seu tipo de treinamento. Uma planilha preparatória para uma prova de 10 km, por exemplo, pede doses de carboidratos e proteínas diferentes daquelas necessárias a um plano de maratona. “O consumo de carne não é essencial, basta o atleta ter informação e saber fazer as adaptações corretas”, afirma o nutricionista George Guimarães, especialista em dieta clínica pela Universidade São Camilo e adepto do veganismo.

Matéria extraída do site da Revista Runner's, e acessível em: http://runnersworld.abril.com.br/materias/vegetarianos/

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